sábado, 18 de janeiro de 2014

Arte
Aquilo que um dia chamei de arte confundiu meu mundo
Rubricou a candura e o mistério de ser simplesmente mortal
Nada se viu diante do normal
Segredosa, amanhecia junto aos braços de um novo acorde
Em pleno sol das nove horas tomou sua coragem e pelas calçadas
juntou cada pedaço de emoções repartidas
Muito mais tarde, percorrendo sobre quatro rodas redigiu-se a noite e a fez cintilar
Lívida, descansava mas com olhos atentos na noite

Enfim, sóbria, sob o véu do pensar transgrediu cada passo meu.
Tais linhas
Escrevo tais linhas como quem faz uma prece
Das mãos incessantes as palavras se derramam
A canção vem fácil como a folha trazida pelo vento suave
e depois fica em silêncio como uma noite abandonada
Os sonhos que estão guardados em meu travesseiro
saem por aí  leves, pequenos e ainda inacabados
Quem os encontra coloca em seu peito o sonho que ainda não teve
Poderia morrer olhando os desenhos do céu...
Pois hoje pela madrugada quente vi tais manchas
com suas pontas brancas, amarelas e azuis. Ainda faço pedidos...
Passo as noites colorindo a existência com as cores fortes do verão.
Um dia elas desbotarão e ainda serão belas. Formarão meu amanhecer.
Pois ainda não sou feliz nem sou triste,

escrevo para viver. E é isso o que me resta.